EDITORIAL: Enquanto isso, na Câmara de Ilhéus, a pergunta é: alguns vereadores lutam pelo povo ou por holofotes?

Na política ilheense, é sempre possível identificar aqueles vereadores que preferem buscar os holofotes para cumprir seu papel de representação. Ao invés de se dedicarem ao trabalho sério e aos problemas que realmente afetam a população, há quem ainda acredite que seu lugar de destaque é nas manchetes, se colocando como protagonistas de discussões que, muitas vezes, não representam os interesses de quem realmente importa: os cidadãos. 

Infelizmente, para esses parlamentares, a busca pelo protagonismo parece ser mais importante do que o compromisso com a cidade.

Com a política local se arrastando por caminhos recheados de oportunismo, certos vereadores vêm, de outros tempos, se utilizando do poder de fala e das polêmicas para garantir visibilidade, mesmo quando suas ações não vão para lugar nenhum. 

No entanto, é importante lembrar que o jogo político de Ilhéus não é apenas sobre fazer barulho – é sobre trabalhar com compromisso, transparência e foco no bem comum - ou deveria ser - e não da busca aos gritos para execução do jogo do toma-lá-dá-cá conhecido por todos nós ( acredito que estamos no fim do fim ).

É nesse cenário que o prefeito e sua equipe precisam governar. E, para conduzir a cidade com eficácia, será necessário mais do que apenas força política – será preciso um jogo de cintura para negociar com aqueles que realmente estão interessados ​​em colaborar com o bem-estar da população, sem se deixar levar pela pressão de quem busca interesses pessoais. Mas, para garantir que não se perca a ordem, também será necessário ter pulso firme, para não ceder àqueles que tentam transformar a política em uma disputa de ego e caprichos. Afinal, a habilidade de articular, negociar e manter a estabilidade política é fundamental para não deixar que as sombras do protagonismo político acabem obscurecendo a verdadeira missão do governo: trabalhar para todos. 

É notório que tem gente por aí confundindo suas funções. Daí surgem as seguintes perguntas : querem ser prefeitos ? É simples. Sejam candidatos no próximo pleito ao executivo municipal . Querem mandar na casa do povo ? Se candidatem internamente, daí teremos as verdadeiras respostas que nos angustiam.  

Portanto, o grande desafio do prefeito será, acima de tudo, equilibrar a necessidade de manter as alianças políticas com a responsabilidade de governar para todos. Para isso, será preciso ter não apenas jogo de cintura, mas também uma mão firme, capaz de separar os interesses legítimos da política dos interesses pessoais que só servem para tirar o foco do projeto de governo. Que os chefes dos poderes e seus respectivos representantes não se acovardem , demarquem seus territórios com audácia e competência, não se deixem forjar por gritos, imposições e arbitrariedades, afinal, a era da "Capitania São Jorge dos Ilheos " já passou, hoje somos e habitamos em uma cidade que aos seus quase 500 anos vem se desenvolvendo. 

Por essas razões, princípios como o respeito , a ética , a civilidade para com os seus pares , a serenidade e o equilíbrio devem prevalecer . 

Parafraseando Raul Seixas : "prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha  opinião formada sobre tudo ". Lembrando: a lei não existe apenas para alguns, ela nasceu para TODOS.

Por: EMENSON SILVA

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